A partir de certa compreensão de como a nossa (pessoa default no tempo e no espaço conectado) cognição tende a operar, podemos humanizar mais nossas relações, através de uma humanização no uso da linguagem.
E isso é de fácil verificação e de simples prática!
Observemos como tendemos a responder a textos gerados do desejo de imparcialidade ou da excessiva formalidade, como aqueles com carência de artigos definidos ou repletos de adjetivação formal clichê, cujo campeão é, por certo: "prezado(a)".
É preciso, no entanto, nós diferenciarmos textos que prezam pela exatidão na divulgação das ideias e textos que são o exemplo claro do distanciamento no tratamento entre as pessoas, característica de nosso tempo comercial e comercializado.
Quando lemos um texto clichê, cheio de palavras clichês, de pensamentos clichês e de intenções clichês, tendemos a ter uma reação clichê: o distanciamento.
Há um distanciamento do texto, um distanciamento do remetente do texto, um distanciamento das ideias do texto.
Estamos, ao que parece, cognitivamente/emocionalmente enfadados com essa linguagem que representa o ambiente em que nossa sociedade está operando.
Há um isolamento sem paredes, feito de linguagem e ideias. Esse isolamento pode ser, em seu aspecto negativo, revertido, do mesmo modo em que foi e é originado: através do uso da linguagem.
Há um isolamento sem paredes, feito de linguagem e ideias. Esse isolamento pode ser, em seu aspecto negativo, revertido, do mesmo modo em que foi e é originado: através do uso da linguagem.
Tão simplesmente, precisamos de uma comunicação mais próxima, sem clichês emocionais, sem secura linguística, apenas feita com sinceridade intencional.
Comentários
Postar um comentário