Um texto irônico num contexto irônico: a adequação é o quesito mais importante!

FIM DO PROBLEMA BRASILEIRO DA EDUCAÇÃO: UM COMPUTADOR COM INTERNET PARA CADA CIDADÃO

Tendo em vista a argumentação de chefes dos três poderes brasileiros de que é inadmissível que um ministro ganhe um salário inferior ao de um diretor de empresa estatal ou privada, em vista da importância de suas atribuições, devendo ser defendido um salário “justo e compatível” com a relevância de sua função, traça-se um paralelo direto e evidente em relação aos profissionais da educação, em especial os professores. Está explícito nesse pensamento que o não-empenho e a não-indignação com os baixos salários dos professores demonstram a visão de que a atribuição do professor não possui relevância a ponto de ela ter uma defesa empenhada por parte do Estado e dos leitores da necessidade pública. Argumentos em termos do elevado número de profissionais em observância à estabilidade econômica do país não faltam, mas sejamos claros, então, e proponhamos objetivamente o que está sendo feito em doses homeopáticas no Brasil: a desvalorização fatal desse profissional. Como nos discursos mais diversos dentro da sociedade figuram argumentos em relação ao sucateamento da formação do professor, à desatualização técnica do professor, à ineficiência e à inabilidade do professor frente ao contexto educacional, e já que o Google é aclamado como uma ferramenta muito mais eficaz dentro do contexto educativo e de formação geral, fornecendo informações didáticas e atualizadas, argumentos esses com grande aceitação, façamos, desse modo, o mais óbvio e relevante dentro da situação vislumbrada: acabemos com a figura formal dos professores de escolas, cursos e universidades e defendamos um computador com internet para cada cidadão. É uma questão de gestão que aliviaria o Estado de inúmeros gastos e problemas históricos. Essa defesa é a mais clara e explícita do que implicitamente se interpreta no país. Já que o professor não é tão importante como outrora já foi considerado, até porque o contexto é diverso, segue-se que sua função, tal qual praticada hoje, seja erradicada. Que os programas de rádio e TV não chamem mais os professores para os grandes debates e dialoguem diretamente com os ouvintes somente via internet, e que, assim, se dê a formação integral e formalizada da educação. Que se coloque em prática o que está se defendendo em voz nem tão baixa, e, assim, se acabe, de vez, com um problema crônico e de complexidade política insolúvel, permitindo a geração de mais receita para que se valorize em termos de remuneração funções realmente importantes nesta república reconhecidamente democrática.

Qualquer semelhança com a realidade pode não ser mera coincidência e, em caso de dúvida, consulte o Google. 

Comentários

  1. Sobre o tema Educação: http://www.youtube.com/watch?v=yFi1mKnvs2w

    http://blogdomrx.blogspot.com/2011/01/escola-e-necessaria.html

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  2. Ainda sobre o tema: http://www.educacionista.org.br/jornal/index.php?option=com_content&task=view&id=7862&Itemid=43

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  3. E a ironia do ciclo vicioso: a ignorância faz com que alguns realmente acreditem que professores não servem para nada, que são multiplicadores de blábláblá. Como comentei no post "Não dirás bobagens".

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  4. Em alguns casos, é realmente ignorância; em outros, eu diria que se trata de interesse. É interessante a desvalorização de uma 'moeda' para a valorização de 'outra'. Infelizmente, trata-se de um mercado (de in.ter.esses).

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  5. Como discutíamos: http://tecnologia.terra.com.br/noticias/0,,OI4946573-EI12882,00-TEDx+Rio+para+se+mudar+o+mundo+cada+crianca+deve+ter+um+PC.html!!

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