A discussão relativa à Política
de Cotas, quando centrada numa argumentação relevante, torna-se objeto
periférico de debate!
Discutia exatamente esse fato, há algum tempo, com
um militante político, e ele trouxe uma contextualização não explorada na
maioria das discussões, e a qual expresso da seguinte maneira:
a política de cotas não é uma
ação política centrada no presente, embora tenha consequências imediatas, nem
mesmo no futuro, embora suas ações sejam mais radicalmente sentidas a médio e
longo prazos, sendo uma ação que tem como ponto central o passado histórico.
Isso ainda não é o suficiente a ser
exposto, tendo em vista que tratam-se de suposições já reconhecidamente
assumidas na literatura, como é possível constatar-se:
É válido, então, relembrarmos que
a política de cotas do país nasceu de uma necessidade específica da sociedade –
representada pelo poder governamental -, qual seja: a de assumir e de iniciar o
processo de quitação da dívida social para com um conjunto de indivíduos reconhecidamente prejudicados
ao longo de nossa História nacional. Podemos ler as suposições manifestas nesse
diálogo social da seguinte maneira: temos uma dívida a quitar, enquanto nação, e as cotas são
índices do reconhecimento dessas suposições partilhadas e de uma tentativa de ‘pagamento
social’.
As discussões sobre essa questão,
no entanto, são recursivas e partidariamente tendenciosas, sabemos. Os
argumentos elencados normalmente reivindicam um conceito de igualdade sob parâmetros questionáveis
(os questionemos, então!).
A Biologia do Conhecer (http://pt.scribd.com/doc/15959686/A-arvore-do-conhecimento-as-bases-biologicas-do-entendimento-humano),
de Maturana e Varela traz uma perspectiva interessante de reflexão sobre a questão,
a qual trago em breve para este espaço!
Comentários
Postar um comentário