por uma abordagem relevante
Quem nunca se perguntou isso quando criança e quando um pouco menos criança? As respostas alheias pareciam pouco satisfatórias e as próprias, pouco agradáveis. A questão é que se mostrava conveniente assisti-las. Depois de estranhamentos sociais quanto ao gosto pouco inusitado, no Brasil, de assistir a aulas, pareceria interessante vislumbrar uma resposta mais convincente e mais agradável à cognição lógica. Interessar-se por subfenômenos das aulas não necessariamente estaria nessa posição, muito embora possam ser bastante persuasivos. Qual a relevância cognitiva de assistir a aulas?
Quando não se conhece muito a respeito da temática abordada, parece óbvia a resposta em termos cognitivos. Mas hoje há a internet, e como ficamos? Informação temos aos montes e multiformes. Mas a organização da informação não tem preço, pregaria certo slogan! Ok, e quando conhecemos aprofundadamente a matéria? Ouvi de uma estudante de Jornalismo e Ciências Sociais uma declaração que resume um conjunto de crenças com as quais concordo: “Nas aulas, tenho a oportunidade de pensar em coisas que certamente não pensaria em outras circunstâncias”; ou como diriam as apresentadoras da MTV Marimoon e Titi: “No Twitter, temos acesso a um tipo de informação que só encontramos lá”.
Para além, temos a oportunidade de termos acesso a informações já armazenadas, e, então, redescobrimos crenças, seja tendo um novo contato com textos pertinentes, escutando novamente certas proposições, repetindo informações de maneiras diversas em ambientes diversos, enfim. Mas qual é a relevância desse movimento cognitivo? Qual é a relevância da redescoberta/releitura...? Tendo em vista uma abordagem pela Relevância (Sperber&Wilson,1995), nos damos conta de que a acessibilidade da informação diminui custos, otimizando processamentos cognitivos, sem mencionar o fortalecimento da crença em questão. Ao acionar uma crença existente e ao considerá-la relevante à cognição, garanto seu fortalecimento no sistema.
Para encerrar o comentário matinal, alego apenas que isso não é uma campanha não-governamental pró aulas! Mas que há relevância cognitiva sob diversos aspectos, há! Não necessariamente a Relevância Ótima, de fato, mas isso pode ser garantido por nossa conta!
: )
ps: Isto é apenas um incentivo a quem, a tal hora, ainda não pensou em motivos suficientes para ir para alguma aula.
ps: Isto é apenas um incentivo a quem, a tal hora, ainda não pensou em motivos suficientes para ir para alguma aula.
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