Divagações sobre Jornalismo Colaborativo e Web 2.0

De forma geral e superficial, Web 2.0 se diferencia do primeiro momento da internet no que diz respeito à interatividade. O primeiro momento se caracterizava por armazenamento e troca de dados, já neste estágio, a possibilidade de construir junto os bancos de dados e as redes sociais demonstram que o usuário não é apenas leitor, mas também produtor.

A partir dos blogs e microbloggins, surgiu o jornalismo participativo (jornalismo cidadão, jornalismo open-source), pessoas que passaram a compartilhar informações, principalmente locais, em redes sociais, tais como twitter e facebook (veja-se o papel na Revolução do Egito).  Com essa abertura ou possiblidade as empresas de comunicação estão se moldando, se modificando, afinal, como disse, o leitor também participa do fazer a notícia. A grande interatividade permitida pela Web 2.0 transformou o leitor de receptor a narrador, levando a criação de espaços nessas empresas para esses jornalistas cidadãos: Vc Repórter; do portal Terra; Vc no G1, do portal G1; Eu Repórter, do jornal O Globo; Minha Notícia, do portal IG; Cidadão Repórter e Eu Aqui, do jornal Gazeta Online; BrasilWiki, do Jornal do Brasil; e Seção Repórter Web, da revista online Info Exame.

Depois da importância que a internet e a as redes sociais tiveram na Revolução no Egito, o governo da Líbia bloqueou a internet para dificultar a comunicação entre os revoltosos e diminuir o impacto internacional. Entretanto, os conflitos continuam e a pressão internacional aumenta, principalmente por parte do EUA que consideram opção armar os revoltosos anti-Kadhafi― como um déjà vu, hein?
Fonte: http://g1.globo.com/revolta-arabe/noticia/2011/03/jornalistas-estrangeiros-estao-sob-forte-pressao-do-governo-libio.html
Com as possibilidades de comunicação diminuídas, Kadhafi continua tentando convencer que o problema não é tão grave quanto à imprensa estrangeira denuncia. Como não funcionou, mudou de tática e, agora, afirma que os EUA estão tentando roubar petróleo, denúncia não sem precedentes, mas não modifica a situação do país e nem as queixas e protestos que tem se intensificado.
Enquanto isso, continua o compartilhamento de informações e a pressão interna e externa, na qual a web cumpre seu papel.

Comentários

  1. Como eu 'disse/postei' num "virtuálogo (Costa, 2010)" no Facebook (!): 'em certas sociedades, primeiro se vê a mudança no conteúdo das falas, depois em outros hábitos (ações). Nisso, a Arte desempenha um importante papel, bem como outras formas de Comunicação.

    'O Pensamento Teórico estrutura a Ciência, e esta embasa um certo tipo de pensamento, também comunicado. No Brasil, estamos na primeira fase: se fala - em alguns conteúdos, é claro'.

    A própria 'facilidade comunicativa' leva a paradoxos - mas esses existem nas mais diversas áreas do pensamento. A Comunicação, de um lado, gera ações extremamente relevantes (como as citadas por ti e como tantas outras vistas aqui mesmo no RS neste mês e no mês passado, sobretudo); por outro lado, tal qual se mostra, parece esgotar-se em si mesma. A banalidade acoplada ao ato esgota o próprio potencial da 'fala-ação': falar já é agir, nada mais se segue, e tudo o mais continua (ceteris paribus).

    ResponderExcluir
  2. < Google cria/habilita serviço para localizar pessoas no Japão >

    http://www.publico.pt/Mundo/google-cria-aplicacao-para-ajudar-a-encontrar-pessoas-desaparecidas-no-japao_1484390

    http://idgnow.uol.com.br/internet/2011/03/11/google-lanca-servico-para-localizar-desaparecidos-em-terremoto/

    ResponderExcluir

Postar um comentário