Blá-blá-blá...

Bárbaro - Atenas
Escultura da Grécia Antiga
http://tetraktys.wikispaces.com/



Há interpretações paradoxais e ótimas. Em um momento, pesquisas e a própria experiência direta apontam a existência da variação diacrônica em termos semânticos, ou seja, a diferença de significado entre vocábulos distantes no espaço-tempo, como o musicalmente famoso bacana! De outro lado, muitas análises aduzem que os gregos eram comprovadamente preconceituosos, e um dos argumentos é o próprio vocábulo bárbaro. Estudos revelam que os gregos denominavam de bárbaros os estrangeiros, os não-gregos, os não-falantes do grego, pois bárbaro teria origem na onomatopeia bar-bar-bar; isto é, o idioma que não fosse o grego - relacionado a povos como os persas, os hunos, os celtas, os godos, os gauleses - seria denominado de bar-bar-bar. Tal denominação equivaleria ao blá-blá-blá. O que me vem à mente não é nem a tese mais ampla de a grega ser ou não uma cultura preconceituosa, mas de blá-blá-blá ser uma onomatopeia que virou gíria pejorativa desde a Grécia Clássica e que não variou sua significação até os dias de hoje. É, digamos, um feito!

...e o nhenhenhém seria indígena e diria respeito à percepção dos nossos nativos quanto à língua dos colonizadores... e o preconceito...

Comentários