Redes Sociais, como planejar?


Talvez esse título nos faça lembrar de uma das autoras em Relações Públicas mais bem conceituadas no Brasil: Margarida Kunsch. No entanto, nosso foco será outro, certamente bem mais complexo. Desde que as redes sociais surgiram como tema, especialistas em todas as áreas vêm estudando seu impacto na sociedade, suas benesses e seus danos para os usuários das redes, principalmente no ambiente virtual e, ainda, a lucratividade que ela pode proporcionar às organizações.

“Antes de tudo e depois de mais nada”, como diria minha sábia mãe, penso ser válido analisarmos como começou toda essa história. Afinal, o que é uma rede social? Já que estamos falando em redes sociais e já que esse termo nos remete, atualmente, a ambientes virtuais, vamos pesquisar seu conceito em uma mídia social: Wikipédia. Segundo esta mídia, “uma rede social é uma estrutura social composta por pessoas (ou organizações, territórios, etc.) - designadas como nós – que estão conectadas por um ou vários tipos de relações (de amizade, familiares, comerciais, sexuais, etc.), ou que partilham crenças, conhecimento ou prestígio.

É aí que reside a grande sacada: planejar, antes de tudo e depois de mais nada, é ter bom senso que, aliando-se ao estudo, a prática profissional e muita pesquisa se tornaram fundamentais para qualquer atividade humana. Sua aplicabilidade, incessantemente usada nas teorias administrativas, se expandiu como um verdadeiro efeito viral e hoje estão presentes nas mais diversas formas de organização social.

Nas redes sociais (internet) não é diferente. Para obter sucesso em qualquer ação, não precisaríamos de uma receita de bolo - até porque não tem - mas, seguindo alguns passos de especialistas, talvez seu trabalho seja facilitado e quem sabe lhe renda bons frutos. Nesse caso, bons cliques ou acessos. De acordo com Iuri Brito, para executar uma campanha online é necessário seguir seis passos:

® Conhecer o cliente

® Mapear os canais

® Planejar (olha ele aí novamente)

® Criar alguma ação

® Números

® Fim da campanha

Em seu texto, Iuri esboça com bastante clareza como se deve desenvolver uma ação (campanha) para se atingir os objetivos e ainda dá dicas para que não pisemos na bola quando formos apresentar nossos resultados para nossos futuros, ou futuros ex clientes...

Sob a perspectiva administrativa, esses passos que o autor sugere estão totalmente de acordo com as regras de etiqueta, ou de acordo com as teorias administrativas, ou as normas da ABNT. Particularmente, achei muito interessante seu artigo, inclusive já está salvo em meus favoritos. Entretanto, se analisarmos mais antentamente, sob a esteira do universo mercadológico, sob as luzes on backstage do marketing digital, o planejamento não passa apenas de...

Um importante (vital/viral) elemento constituinte de todas as ações pensadas e previstas pelas organizações.

Mente poluída hein?!

Não conheço muito do universo dos profissionais de marketing, por isso não me atreverei a falar sobre algo desconhecido, mas segundo Barbosa Lima, no texto Minha Empresa está nas Redes sociais. E agora? No info@trends, evento realizando no último dia 25, o engajamento com as redes sociais não precisa ser medido com focos promocionais e, continua Cláudia woods, também participante do mesmo evento, “(...) na essência, o engajamento é a espontaneidade do usuário, a afinidade que esse usuário demonstra para com a marca ou produto. Mas o engajamento na campanha promocional requer uma forma específica de medição.”

Nesse contexto, entra em ação os profissionais de RP. Um olhar mais humano e não apenas pontual/mercadológico, uma postura mais democrática diante do que nos é imposto e o velho e bom bom senso são ingredientes para uma boa ação planejada.

Para as relações públicas, o planejmanento, seja de uma campanha, seja de um plano de comunicação, seja de uma ação online, seja desenvolvendo as políticas das organizações, como é sabido de todos os profissionais da área, deve ter como foco o indivíduo, levando em consideração questões cognitivas de sua constituição, quer sejam políticas, culturais, sociais, econômicas, enfim...

Não basta apenas termos e seguirmos aqueles passos que aprendemos na academia para o desenvolvimento de um bom projeto: apresentação, justificativa, intrudução, orçamento, considerações finais, apêndice, resumo (a ordem dos fatores não altera o produto). Quando de fato começarmos efetivamente a pensar em pessoas e não em R$, sem nos preocuparmos com retorno, talvez teremos uma chance de salvação. Amém!
* O autor do texto é Danilo Marinho. Além de parceiro do blog, ele estuda Relações Públicas e possui trabalhos na interface música/teatro, afora interesses diversos.

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