Poucas pessoas são vistas pelas ruas. A maioria mulheres e crianças. Mulheres que desempenham suas atividades, levam os filhos pelas mãos rumo a suas casas. Tempos de guerra? Não, tempos de copa.
Não há dúvida que futebol causa sensação nos brasileiros (e brasileiras), mas a copa é um fenômeno. O Brasil simplesmente parou na hora da estréia (bem fraca, por sinal) da seleção. Poucos pontos comerciais ficaram abertos, bancos fecharam às 14h, aulas foram suspensas em escolas e faculdades. Tudo suspenso por um 2x1.
As ruas ficaram vazias, mas pouco antes e durante a primeira meia hora de jogo, as estradas viraram campo de guerra. Ultrapassagens perigosas, sem sinalização e em alta velocidade foram a pedida. Motoristas com síndrome de agulha, cortavam a frente de outros de uma pista a outra, sem parecer lembrar que daquele jeito poderiam acabar assistindo ao jogo de uma cama no hospital (mesmo nele outro ritmo foi assumido), isso se tivessem sorte.
Isso que é paixão. Pena que ela só aparece em tempos de copa e de forma um tanto quanto inconsequente. O que poderia ser feito e mudado se 1/3 fosse desviado a outras manifestações?!
Para alguns, foi uma tentativa de paixão, uma pseudo-paixão. Será que realmente correram para torcer pela seleção ou apenas entraram no jogo da correria? O país, de maneira geral, está apático, descrente, descontente, desacreditado e desacreditante. Os fatores são mais amplos que a própria desmotivação pelos nossos representantes, na África do Sul, desse tradicional esporte.. Os motivos somam-se, amontoam-se e são pequenos diante da grandeza da sociedade que, contida, no fundo torce.
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